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O feminismo e a moda

DVF Awards
Primeira fila da esquerda para direita: Adi Tafuna’i, Samar Minallah Khan, Melanne Verveer, Becky Straw, and Gabby Giffords. Segunda fila da esquerda para direita: Dakota Fanning, Tina Brown, Hillary Clinton, Diane von Furstenberg, Naomi Campbell, and Maggie Gyllenhaal. Photo: BFA NYC

Ontem em Nova York, a estilista e economista, Diane von Fürstenberg recebeu celebridades e amigos na sede das Naçãoes Unidas para o 6º DVF Awards, uma premiação que honra e apoia mulheres extraordinárias que tem transformado a vida dos outros através do seu empenho, recursos e visibilidade. As vencedoras da premiação foram conhecidas durante a Conferência Mundial da Mulher. Mas bom, porque isso está aqui no blog? A Diane é um ícone da moda, uma estilista reconhecida internacionalmente e criadora de um dos símbolos do empoderamento da mulher e ela tem uma visão bem próxima da minha sobre o feminismo e acabei de ler uma entrevista com ela feita pela Kristin Studeman muito interessante sobre o tema e que quero dividir com vocês.

A palavra feminismo tem sido muito utilizada ultimamente, especialmente na cultura pop. O que a palavra significa para você?

Feminism é a arte do empoderamento da mulher. Quando você dá poder a mulher, você muda o mundo.

Quem ou o que define o feminismo agora? 

Toda mulher tem poder para apoiar o feminismo. Eu nunca conheci uma mulher que não fosse forte, e realmente, feminismo é uma mulher, qualquer mulher, que conhece sua própria força.

O que aparência e moda tem a ver com o feminismo, em sua mente?

Bem, para mim, a moda tem sido sempre sobre o empoderamento das mulheres. O vestido envelope chegou num momento em que mais e mais mulheres estavam indo para o trabalho e ainda queriam se sentir como mulheres … E o vestido envelope acabou por ser exatamente o que elas queriam e tornou-se um símbolo de liberdade. Então eu sempre desenhava roupas para capacitar as mulheres, para fazê-las se sentirem como a melhor versão de si mesmas.

Seu vestido envelope se tornou um símbolo de poder e independência para mulheres em todo lugar. Na sua mente, existe outra peça de roupa criada depois que tenha sido tão influente?

Eu não tenho certeza disso, mas eu sei que continuo maravilhada com as histórias que as mulheres contam sobre o que o vestido envelope fez por elas. Eu sempre via como o vestido que me deu a minha independência porque o sucesso dele pagou todas as minhas contas, mandei meus filhos para escola, me emponderei como a mulher que queria ser, mas o real presente tem sido ver o que tem feito por tantas outras mulheres.

Você acha que o crescimento de sua empresa e da marca como uma mulher no mundo da moda foi mais fácil do que teria sido se você tentasse fazê-lo em um campo mais dominado pelos homens?  

Eu nunca realmente senti o teto de vidro na moda; Eu sempre senti o “ser mulher” como uma força e um presente.

Um dos maiores problemas para as mulheres agora é a igualdade de remuneração. A indústria da moda é como uma exceção a esta regra, uma vez que é fortemente dominada por mulheres poderosas como você. Quais são seus pensamentos sobre estas disparidades? 

Eu acho que a coisa mais importante é ver isso não apenas como um problema que afeta mulheres – ele afeta homens, afeta famílias, então eu acho que é sobre trabalhar em conjunto para combater a desigualdade, para capacitar as mulheres, e para mudar o mundo.

O que as mulheres podem fazer para ajudar esta causa e fazer a igualdade de remuneração uma realidade em todo o mundo?

Eu acho que o diálogo é tão importante. Quanto mais falarmos sobre isso e revelarmos as verdades subjacentes, mais mudanças estaremos propensos a ver. Na moda, temos uma voz, e é o nosso presente usar essa voz para as coisas que importam.

Fale mais sobre algumas das outras mulheres sendo homenageadas no DVF Awards este ano. O que a atraiu para elas e o que as suas realizações significam para as mulheres em todo o mundo? 

Nós iremos homenagear mulheres como Melanne Verveer, que foi a primeira embaixadora da causa das mulheres no Departamento de Estado e é atualmente a diretora do Instituto para Mulheres, Paz e Segurança na Universidade de Georgetown, Gabby Gifford dedicada funcionária pública e ex-representante dos Estados Unidos; Adi Tafuna’i que está trabalhando para construir oportunidades sustentáveis para mulheres de Samoa e suas famílias; Samar Minallah Khan, uma documentarista e cinegrafista paquistanesa, ativista de direitos humanos, e antropologista, que usa suas histórias para chamar atenção para as formas culturais sancionadas de violência. Nós também iremos anunciar a vencedora pela escolha do público. Todas são mulheres que tiveram a coragem de lutar, o poder para sobreviver, e a liderança que inspira, e eu sou muito privilegiada de conhecê-las e lançar luz sobre as suas importantes realizações.

Abaixo as homenageadas e as categorias do 6ºDVF Award:

Melanne Verveer – Premio de Liderança Vitalícia
Gabrielle Giffords – Prêmio Inspiração
Becky Straw & Jody Landers – Prêmio Escolha do Público
Adimaimalaga Taguna’i – Prêmio Internacional
Samar Minallah Khan – Prêmio Internacional

Cada homenageada recebeu 50 mil dólares da Fundação Família Diller-von Furstenberg para continuar seu trabalho na organização com a qual ela é filiada. Acho que é desse tipo de iniciativa que precisamos e são essas as mulheres que temos que homenagear. Mulheres que lutam, que inspiram, que são focadas em seus trabalhos para tornar o mundo um lugar melhor.

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Noka

Anna Paula, mais conhecida como Noka, brasiliense, leonina, mercadóloga, nerd de carteirinha, apaixonada por pandas, arqueologia, moda, filmes, livros e cultura no geral e jura que seu planeta de origem é Urano.

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